sexta-feira, 18 de abril de 2014

Banco Mundial e FMI reconhecem o aquecimento global e apontam medidas

Os ministros das finanças de todo o mundo deveriam focar em dois elementos principais para combater as mudanças climáticas: estabelecer o “preço certo” para as emissões de carbono e abandonar os subsídios aos combustíveis fósseis, disse a diretora do Fundo Monetário Internacional, Christine Lagarde. Em um painel na abertura do encontro neste mês de outubro de 2013, Lagarde e o presidente do Banco Mundial, Jim Young Kim, afirmaram que as mudanças climáticas são uma prioridade para suas instituições de crédito.

Foi a primeira vez que os dois abordaram a questão juntos em público. “Há duas coisas em que eles deveriam focar. Uma é obter o preço certo [do carbono] e podemos ajudá-los com isso”, declarou Lagarde, se referindo a medidas tais como a aplicação de taxas de carbono e estabelecimento de esquemas de comércio de emissões.

“A segunda coisa que podemos fazer é gradualmente abandonar e remover os subsídios que se aplicam às energias, e particularmente às energias fósseis”, observou Lagarde. A subsidiação dos combustíveis fósseis atualmente equivale a mais de US$ 485 bilhões, comentou ela.

O documento colocou que os subsídios eram caros para os governos, e que, em vez de ajudar os consumidores, eles prejudicavam o aumento do investimento em infraestrutura, educação e saúde, o que ajudaria os pobres mais diretamente.

Lagarde e Kim têm dado mais ênfase a questões climáticas do que seus predecessores, intensificando esforços para reduzir a poluição na ausência de um acordo global sobre mudanças climáticas. Kim ressaltou que o Banco Mundial está focado em três áreas principais: garantir a energia sustentável para todos os países, apoiar o planejamento urbano de baixo carbono, e moldar programas agrícolas “climaticamente inteligentes”.

Reuters / Carbono Brasil

Em 34 anos, o clima da Terra mudará drasticamente

A Terra pode experimentar um clima radicalmente diferente no prazo de 34 anos, mudando para sempre a vida como conhecemos, com o impacto mais intenso ocorrendo primeiramente na região dos trópicos, alerta o estudo publicado na revista “Nature”.

Com as tendências atuais de emissões de gases de efeito estufa, 2047 será o ano em que o clima na maior parte das regiões do planeta mudará para além dos extremos documentados, destacou o estudo.

Este prazo se estenderá a 2069 em um cenário em que as emissões derivadas da queima de combustíveis fósseis se estabilizarão. “Os resultados nos chocaram”, afirmou a respeito das descobertas o principal autor do estudo, Camilo Mora, do departamento de geografia da Universidade do Havaí. “Ao longo da minha geração, qualquer clima com o qual estejamos acostumados será coisa do passado”.

G1 Natureza / Portal do Meio Ambiente

Quase 1/3 dos alimentos produzidos é desperdiçado.

Cerca de 1,3 bilhão de toneladas de alimentos desperdiçados anualmente não só causam grandes perdas econômicas, como também tem impacto significativo nos recursos naturais dos quais a humanidade depende para se alimentar. Essa é a conclusão de um novo relatório da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura.

Os Rastros do Desperdício de Alimentos: Impactos sobre os Recursos Naturais é o primeiro estudo que analisa os efeitos do desperdício de alimentos a partir da perspectiva ambiental, focando em suas consequências para o clima, uso da água e do solo e biodiversidade.

O documento informa que, a cada ano, os alimentos produzidos, mas não consumidos, utilizam um volume de água equivalente ao fluxo anual do rio Volga, na Rússia, e são responsáveis pela emissão de 3,3 bilhões de toneladas de gases de efeito estufa na atmosfera do planeta. Além destes impactos ambientais, as consequências econômicas diretas do desperdício de alimentos (sem incluir peixes e frutos do mar) atingem o montante de 750 bilhões dólares por ano, de acordo com as estimativas do estudo da FAO.

“Todos os agricultores, pescadores, processadores de alimentos e supermercados, governos locais e nacionais e consumidores individuais, tem que fazer as mudanças ao longo de toda a cadeia alimentar humana para impedir que ocorra, desde já, o desperdício e, não sendo isto possível, promover a reutilização ou a reciclagem”, afirmou o Diretor-geral da FAO, José Graziano da Silva.

“Não podemos simplesmente permitir que um terço de todos os alimentos produzidos seja perdido ou desperdiçado devido a práticas inadequadas, quando 870 milhões de pessoas passam fome todos os dias”, disse ele.

ONU

Quantidade de resíduos sólidos que retornam a cadeia produtiva não passa de 2%

Mesmo com 60% dos municípios do país tendo alguma iniciativa de coleta seletiva, a quantidade de resíduo sólido urbano que retorna à cadeia produtiva não chega a 2%. Segundo o Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil 2012, da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe), 51,4% do material coletado são matéria orgânica; 13,5% são plástico; 13,1% são papel, papelão e tetra pak; 2,9% são metais; 2,4% dos resíduos são vidro; e 16,7% são outros materiais.

De acordo com a Abrelpe, em 2012 foram produzidas 1.436 mil toneladas de alumínio primário e a reciclagem fica na faixa de 36%, chegando a 98,3% das latas de bebida, patamar com pouca variação nos últimos cinco anos. A produção de papel foi 10 milhões de toneladas e a taxa de recuperação com potencial para reciclagem está em 45,5%.

O prazo para a implantação da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) termina em 2014, mas, apesar dos avanços muitas das diretrizes inovadoras não saíram do papel. Entre elas estão os planos nacional, estaduais e municipais com o planejamento de longo prazo para cada ente da Federação. A política nacional foi sancionada em 2010, pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

30 milhões de toneladas de resíduos sólidos tem destinação inadequada no Brasil

O Brasil precisa investir R$ 6,7 bilhões para, de forma adequada, coletar todos os resíduos sólidos e dar fim a esse material em aterros sanitários. O dado foi divulgado pela Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe).De acordo com a entidade, caso o país mantenha o ritmo de investimentos na gestão de resíduos registrado na última década, a universalização da destinação final adequada deverá ocorrer apenas em meados de 2060. “No atual ritmo, chegaremos a agosto de 2014 com apenas 60% dos resíduos coletados com destino ambientalmente correto”, destaca Carlos Silva Filho, diretor executivo da Abrelpe. A Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) prevê para agosto de 2014 o fim da destinação inadequada de resíduos. Dados da Abrelpe mostram que há ainda cerca de 30 milhões de toneladas de resíduos sólidos urbanos com destinação inadequada no país.

Blog do Axel Grael/Portal do Meio Ambiente/ Mercado Ético

Em 2014, limite da pegada ecológica acontecerá em julho

A data de 20 de agosto assinalou o Dia da Sobrecarga da Terra em 2013, marco anual de quando o consumo humano ultrapassa a capacidade de renovação do planeta. O cálculo foi divulgado pela Global Footprint Network (Rede Global da Pegada Ecológica), organização não governamental (ONG) parceira da rede WWF.

O levantamento compara a demanda sobre os recursos naturais empregados na produção de alimentos e o uso de matérias-primas com a capacidade de regeneração da natureza e de reciclagem dos resíduos, a chamada pegada ecológica (medida que contabiliza o impacto ambiental do homem sobre esses recursos).

Em menos de oito meses, o consumo global exauriu o que a natureza consegue repor em um ano e, entre setembro e dezembro, o planeta vai operar no vermelho, o que causa danos ao meio ambiente.

De acordo com a pesquisa, à medida que aumentamos o consumo, cresce o nosso débito ecológico: redução de florestas, perda da biodiversidade, escassez de alimentos, diminuição da produtividade do solo e o acúmulo de gás carbônico na atmosfera. Essa sobrecarga acelera as mudanças climáticas e tem profundos reflexos na economia.

Segundo os cálculos dessa contabilidade ambiental, a Terra está entrando “no vermelho da conta bancária da natureza” cada vez mais cedo. No ano passado, o Dia da Sobrecarga ocorreu em 22 de agosto. Em 2011, em 27 de setembro.

Para o diretor da Conservação Internacional, André Guimarães, a humanidade vai pagar a conta desse consumo excessivo na forma de perda de qualidade de vida, de mais pobreza e de doenças, caso não mudemos esse quadro. “Esse ritmo de consumo no longo prazo vai culminar na exaustão dos recursos naturais. Estamos colocando nossa qualidade de vida e nosso futuro em risco. Se consumirmos em excesso a natureza, em algum momento vamos ter que pagar essa conta na forma de poluição, doenças, água menos disponível para nosso desenvolvimento e nosso uso, pobreza e falta de alimentos”, disse Guimarães.

WWF

Mundo pode virar uma grande lixeira em 2100

A cada 24 horas, a humanidade joga no lixo mais de 3,5 milhões de toneladas de resíduos. Isso representa pelo menos 40 toneladas por segundo, um aumento de dez vezes em relação ao que gerávamos cem anos atrás. Esse número provavelmente irá dobrar até 2025 e, se mantido o ritmo atual de descarte, até 2100 poderemos atingir o “pico” do lixo, com uma geração de 11 milhões de toneladas diárias, o triplo da taxa de hoje. Vai faltar lugar para armazenar tanta sujeira.

O alerta vem de um estudo publicado no periódico científico Nature. Seguindo o modelo “business atual”, o auge da produção de resíduos será atingido ainda neste século, com a África sub-saariana respondendo pela maior parte do crescimento.

De acordo com a pesquisa, o aumento da renda das populações de países pobres e em desenvolvimento e do seu poder de consumo, são a principal alavanca da geração de lixo e da alta do desperdício.

O estudo assume um futuro em que o mundo está nitidamente dividido entre regiões de extrema pobreza, riqueza moderada e subsistência. Neste cenário pouco ou nenhum progresso terá sido feito para enfrentar a poluição e outros problemas ambientais, e onde os objetivos de desenvolvimento globais não se efetivaram. Nesse pior cenário, a produção de resíduos aumenta em 1 milhão em relação ao business as usual, pode atingir 12 milhões de toneladas por dia. Estamos falando de um mundo lixeira.

Exame

Produção de lixo eletrônico no mundo é preocupante

A produção de lixo eletrônico no mundo todo alcançou quase 49 milhões de toneladas métricas, sete quilos por cada habitante do planeta, no ano passado. Para 2017 o número aumentará 33%, de acordo com um estudo publicado pela Universidade das Nações Unidas (UNU).

O estudo é o primeiro mapa global de lixo eletrônico e mostra a quantidade de resíduos eletrônicos que cada país gera. Para 2017 o volume anual de lixo eletrônico será de 65,4 milhões de toneladas, o equivalente a 200 edifícios como o Empire State de Nova York ou 11 construções como a Grande Pirâmide de Giza.

A pesquisa também assinalou que em 2012, China e Estados Unidos encabeçaram a lista dos países que mais fabricam equipamentos eletrônicos e elétricos (EEE), 11,1 e 10 milhões de toneladas, respectivamente, e os que geraram mais lixo eletrônico, 7,3 e 9,4 milhões.

Quando se analisa a produção per capita, os Estados Unidos geraram 29,8 quilos de lixo eletrônico por pessoa, seis vezes mais que a China.

Na América Latina, Brasil e México foram os países que geraram mais lixo eletrônico. O Brasil pôs no mercado em 2012 dois milhões de toneladas de EEE e gerou 1,4 milhão de toneladas de lixo eletrônico, 7 quilos por habitante.

G1

No Brasil, quase 40% da população não tem acesso à coleta e tratamento de esgotos

O diretor de Gestão da Agência Nacional de Águas (ANA), Paulo Lopes Varella Neto, admitiu que a falta de tratamento de esgoto é um dos principais problemas do Brasil no que se refere ao acesso aos recursos hídricos no país.

Varella Neto disse que quase 40% da população ainda não têm acesso a coleta e tratamento de esgoto, o que traz problemas não só de saúde pública como também de contaminação da água que é consumida. O diretor da ANA apontou dados que mostram que 11% da água consumida no Brasil têm qualidade regular, 6% são de qualidade ruim e 1% de péssima qualidade, sendo que os locais onde a qualidade melhorou são os que tiveram investimentos na rede de esgoto.

Agencia Brasil

Demanda por água irá exceder recursos até 2050

A demanda por água pode exceder em 44% os recursos anuais disponíveis até 2050, enquanto a demanda de energia pode experimentar um aumento de 50% até o mesmo ano. Isso porque a necessidade de água para gerar energia primária está crescendo de acordo com o crescimento econômico, as mudanças demográficas e as mudanças de estilos de vida.

As informações foram destacadas na Conferência da ONU-Água, realizada em Zaragoza, Espanha. Lá, representantes das agências das Nações Unidas, governos, empresas, organizações não governamentais e especialistas da indústria de todo o mundo discutiram a importância da água e da energia em preparação para o Dia Mundial da Água de 2014, em 22 de março.

Eles observaram que o mundo enfrenta dois grandes desafios: garantir um fornecimento sustentável de água para 768 milhões de pessoas que atualmente não tem acesso ao recurso; e proporcionar o acesso à energia para cerca de 1,4 bilhão de pessoas, o equivalente a 20% da população mundial atual, que é de 7 bilhões. A previsão é que o planeta tenha 9 bilhões de habitantes em 2050.

Os especialistas pediram que os governos repensem as políticas de água que não consideram o quanto de energia é necessária para bombear, purificar, transportar, pressurizar e tornar a água potável.

ONU

Mal uso do solo está degradando rapidamente o planeta

Relatório do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) alerta que o mundo pode ter 849 milhões de hectares, uma área equivalente ao território do Brasil, degradados até 2050 se os padrões atuais de uso da terra forem mantidos.

Segundo o estudo, a necessidade de produzir alimentos para uma população global em crescimento levou a agricultura a ocupar 30% das terras do mundo, o que resultou em degradação e perda de biodiversidade em 23% dos solos. Entre 1961 e 2007, as terras cultiváveis tiveram expansão de 11%, e o percentual continua a crescer, diz o documento.

Segundo o Pnuma, o crescimento da renda e da urbanização está alterando a maneira de as pessoas consumirem alimentos, com dietas mais ricas em carne, o que exige mais terra para a pecuária. A crescente demanda por biocombustíveis também aumenta a necessidade de mais áreas cultiváveis.

O estudo informa que a população em expansão e em migração para cidades leva a uma projeção de que, em 2050, 5% das terras do mundo – cerca de 15 bilhões de hectares – serão ocupados por áreas urbanas. O relatório reforça a necessidade de equilibrar o consumo com a produção sustentável.

Segundo o Pnuma, será possível preservar 319 milhões de hectares até 2050 se houver investimento na recuperação de solos degradados, melhoria nas técnicas de manejo e planejamento do uso da terra e redução do desperdício de alimentos e de subsídios para plantações para produção de combustíveis.

Pnuma

Mudança climática está entre maiores riscos para a economia em 2014

O Fórum Econômico Mundial (FEM) publicou a nona edição do relatório Riscos Globais 2014 (Global Risks 2014), que aponta quais são os riscos mais prováveis que o mundo enfrentará nos próximos meses. Entre os problemas mais destacados estão a disparidade de renda, a falta de emprego, as mudanças climáticas e os extremos meteorológicos.

Os eventos climáticos extremos e as mudanças climáticas foram apontados como um dos riscos mais prováveis, podendo criar choques sistêmicos em escala global. O documento ressalta também outros riscos ambientais de relevância, como uma maior incidência de catástrofes naturais e uma crise hídrica. Segundo a pesquisa, todos têm o potencial de causar um impacto cada vez maior à medida que o desenvolvimento mundial se acelera.

Para diminuir os riscos ambientais apontados, o relatório pede que governos, empresas e sociedade civil busquem as mais diversas formas de melhorar a mitigação e a gestão dessas ameaças, com a assistência de seguros, resseguros e mercados de capital.

Outros grandes riscos indicados pelo documento são os conflitos sociais motivados pela disparidade de renda, os riscos econômicos da falta de emprego e de uma crise fiscal, e também as ameaças tecnológicas de ataques cibernéticos e um colapso na infraestrutura de informações essenciais.

Carbono Brasil

Brasil é o maior consumidor de agrotóxicos do mundo

O Brasil é o maior consumidor de agrotóxicos do mundo. Como se isso não fosse o bastante, a fiscalização sobre o uso desses defensivos abrange uma quantidade muito pequena de culturas, o que coloca a saúde da população e os recursos naturais em risco.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) avaliou amostras de apenas 13 vegetais no ano de 2012. Além disso, 22 dos agrotóxicos mais comuns em território nacional são proibidos pelos dois órgãos estrangeiros.

Entre os alimentos mais contaminados estão frutas e vegetais altamente consumidos por brasileiros, como cenoura, alface, laranja, arroz, tomate, pimentão, morango e soja, que é a cultura que mais utiliza agrotóxicos. O impacto disso é sentido diretamente na saúde da população. Os trabalhadores rurais que lidam com os defensivos agrícolas na lavoura estão diretamente expostos, mas as pessoas que comem esses alimentos também estão, já que, não importa qual seja o cuidado com a lavagem, é impossível se livrar dos pesticidas usados no plantio.

Carbono Brasil

Comunidade científica internacional está preocupada com a poluição dos mares e a pesca predatória

       

Cientistas americanos pediram uma cooperação internacional para preservar os ecossistemas do fundo do mar, cujas riquezas minerais e pesqueiras são cobiçadas pela indústria internacional.

“Estes ecossistemas cobrem mais da metade da Terra e, levando-se em conta sua importância para a saúde do nosso planeta, é imprescindível preservar sua integridade”, afirmou a diretora do Centro de Biodiversidade Marinha e Conservação do Instituto Scripps de Oceanografia em San Diego, Lisa Levin.

“A industrialização que dominou o século XX em terra se tornou uma realidade nas grandes profundezas marinhas”, advertiu Lisa, durante sua apresentação na conferência anual da Associação Americana para o Avanço da Ciência.

Com a duplicação da população mundial nos últimos 50 anos, a demanda por produtos alimentícios, de energia e de matérias-primas procedentes do oceano aumentou consideravelmente.

“Na medida em que esgotamos as reservas de peixes ao longo da costa, a indústria pesqueira está se voltando para as águas profundas”, prosseguiu a bióloga.

Além do esgotamento dos recursos pesqueiros, os ecossistemas dos fundos marinhos estão ameaçados pela exploração de minerais como o níquel, o cobalto, o manganês e o cobre, afirmou, destacando que a exploração de combustíveis costuma ser realizada a mais de mil metros de profundidade.

Segundo a pesquisadora, “já são vendidas concessões em vastas áreas de grandes profundidades oceânicas para extrair os recursos necessários à nossa avançada economia”.

Greenpeape critica métodos de pesca atuais

O Greenpeace lançou um relatório em que explica o que classifica como a prática de pesca mais escandalosa do planeta, o uso de espinhel. O método é aplicado para a captura dos valiosos atuns, que alimentam a crescente demanda por sushi e peixe enlatado (atum-branco).

Ninguém sabe os números exatos de quantas embarcações pescam com espinhel, mas estimativas alcançam mais de cinco mil. Cada uma delas pode armar uma linha em rede com até 170 km de comprimento contendo três mil anzóis que capturam atuns, mas também tubarões, tartarugas, aves e muitos outros animais.

No caso dos tubarões, muitas embarcações se aproveitam do bycatch (‘pesca acidental’) para explorar o comércio de barbatanas, extremamente lucrativo e cruel, além de ser a causa de uma queda catastrófica no numero desses animais, essenciais para a saúde dos oceanos.

Os oceanos estão morrendo

Um grupo de cientistas advertiu que a situação dos oceanos está pior do que se pensava devido a uma combinação mortal: o aquecimento, a desoxigenação e a acidificação.

-“Estamos expondo os organismos a uma pressão evolutiva insuportável”, adverte relatório do Programa Internacional sobre o Estado dos Oceanos (IPSO, na sigla em inglês) e da União Internacional para a Conservação da Natureza. “A próxima extinção em massa [de espécies] pode ter começado”, alerta o informe.

O relatório adverte para a acidez sem precedentes dos oceanos, enquanto prossegue a queima de carvão e petróleo e as emissões de dióxido de carbono (CO2), um terço das quais é absorvida pelo mar.

As atuais emissões CO2, umas 30 gigatoneladas por ano, são pelo menos dez vezes maiores do que as que antecederam a anterior grande extinção de espécies da Terra, há 55 milhões de anos, diz o estudo. Mas este grau de acidez nos oceanos não se via há 300 milhões de anos. Dois fenômenos se conjugam: uma “tendência geral à diminuição dos níveis de oxigênio nos oceanos nos últimos 50 anos”, provocada pelo aquecimento global, e “um incrível aumento da hipoxia costeira [baixa quantidade de oxigênio]”, vinculado aos rejeitos agrícolas e às águas residuais.

Seus autores propõem intervenções urgentes. Por exemplo, reduzir os gases de efeito estufa a níveis anteriores à revolução industrial, uma meta da ONU (Organização das Nações Unidas) que parece cada vez mais distante. Eles pedem também a supressão de subsídios governamentais à pesca, que contribuem para a exploração excessiva, e a proibição de técnicas de pesca destrutivas, como as redes de arrasto que varrem o fundo do mar.

Portal do Meio Ambiente / Terra / Greenpeace




Nasa prevê que o planeta está à beira do colapso

       

Nossa civilização está a beira do colapso. Foi o que constatou um estudo financiado pela NASA. Setores como clima, energia e crescimento da população provocaram o fim da civilização.

A queda do Império Romano, e também dos impérios Han, Máuria e Gupta, assim como tantos impérios, são testemunhos do fato de que civilizações baseadas em uma cultura avançada, sofisticada, complexa e criativa também podem ser frágeis e inconstantes”, escreveu em seu estudo, financiado pelo Goddard Space Flight Center, da Nasa.

Os pesquisadores listaram os ingredientes para o fim do mundo. O colapso pode vir da falta de controle de aspectos básicos que regem uma civilização, como a população, o clima, o estado das culturas agrícolas e a disponibilidade de água e energia. O Observatório da Nasa já constatou a multiplicação de eventos climáticos extremos, como o frio intenso do último inverno na América do Norte e o calor que, nos últimos meses, afligiu a Austrália e a América do Sul. Seus estragos paralisam setores vitais.

A economia também desempenha um papel importante. Quanto maior for a diferença entre ricos e pobres, maiores as chances de um desastre. Segundo a pesquisa, a desigualdade entre as classes sociais pauta o fim de impérios há mais de cinco mil anos.

Agencia Brasil

EUA afirmam que aquecimento global é arma de destruição em massa

       

O secretário de Estado americano, John Kerry, que se encontra visitando a Ásia, afirmou, em Jacarta, que a comunidade internacional deve reforçar sua luta contra o aquecimento global, que, segundo ele, é uma arma de destruição em massa.

Em um discurso para estudantes indonésios, Kerry advertiu que os países asiáticos próximos ao nível do mar estão especialmente ameaçados pela alta das águas. “Os países do sudeste asiático se encontram na primeira linha da mudança climática”, afirmou.

O chefe da diplomacia americano comparou o aquecimento global com outras ameaças como o terrorismo ou a proliferação nuclear, âmbito nos quais as nações devem trabalhar para conseguir um mundo mais seguro. “Em certo sentido, a mudança climática pode ser considerada outra forma de destruição em massa, talvez a arma mais aterradora”, indicou John Kerry. “Os dez anos mais quentes foram registrados desde que o Google entrou em funcionamento em 1998”, afirmou.

O secretário de Estado, citando cientistas, advertiu que se o mundo não reagir, entre outros problemas, o nível do mar poderá subir um metro antes do final do século. “Um metro basta para submergir a metade de Jacarta. Um metro obrigaria a deslocar milhões de pessoas ao redor do mundo e custaria milhares de milhões de dólares para a atividade econômica”, explicou Kerry.

G1